segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ode ao Curral Novo


Há mais de 200 anos
Chegando alguém por aqui,
Passaram a desbravar
As terras do Piauí


Levantaram algumas casas
De pau-a-pique as paredes,
Cortaram a madeira e fizeram
Um curral para por as reses.


Lá um dia choveu demais
O lugarejo inundou,
as casas e o curral
a enchente carregou.


O povo que era altivo
trabalhador, corajoso,
construiu um povoado
com o nome de CURRAL NOVO.

Ocuparam alguns espaços
criando gado e ovelhas,
que ficaram espalhadas
pelas chapadas e veredas.



Muitos ficaram ricos
mas não sabiam ler
Ficavam decepcionados
Sem saber o que fazer.

Com o passar do tempo
Parece que alguém acordou,
Criaram uma escola
Convidaram um professor.




Veio o professor HERMÓGENES
Que era homem decente,
lecionou aqui muitos anos
Alfabetizou muita gente.

Chegaram mais professores
O povo se animou,
Com o sonho de cursar ginásio
O alunado caprichou.

Eram muitos problemas
Medicina não havia,
Grandes dificuldades
O povo pobre sofria.

Mas não há, não pode haver
Quem esqueça aquele povo,
Trabalhador, persistente
Que segurou Curral Novo.

JÚLIO DIAS era ourives
Lindas jóias ele fazia
E transformava-se em médico
Quando alguém adoecia.

OTÁVIO e D. CHICA
Um casal, filhos não tinha
Ajudou ao padre Francisco,
Levantar a Igrejinha.




JOÃO BONFIM era comerciante
E abastado fazendeiro,
Administrava muito bem
A sua fazenda Dinheiro.



CNOBELINO MAROTO
Também era fazendeiro,
no comércio era uma águia
Não tinha nenhum defeito.



MIGUELZINHO DO HERMÓGENES
Estão pensando o que?
Ele tinha profissão
Ocupava seu tempo,
Usava bem o seu jeito,
Das umburanas fazia
Coisas pra ninguém botar defeito.



ADOLFO CONSTANTINO
Era homem equilibrado,
Aqui durante anos
Foi o subdelegado.



THIAGO DIAS DA SILVA
Sempre foi o que bem quis
Com sua simplicidade
Terminou sendo juiz.




JOÃO DE SOUSA RODRIGUES
Aos 25 anos de idade,
Aqui chegou Janjão
Fazendo logo amizade
Com todos da região.

Homem de poucas letras
mas de grande coração,
recebia quem lhe procurasse
Assim que era o Janjão.

Na sua casa singela
Colocava as portas abertas,
Ali era servido água
Comida, e café à " beça".

ZÉ INÁCIO DE OLIVEIRA
Tinha o que muitos não têm,
Uma enorme honestidade
Não invejava ninguém.




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